quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ATerra a que pertenço


Tudo me prende à terra onde pertenço:
e ao rio subitamente adolescente,
a humildade sempre foi o meu berço
nas areias onde ardi impaciente.

Tudo me prende ao mesmo amor
que há em saber que a vida pouco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com restos de ternura.

Dizem que há outros céus e outras luas
mas meu coração pertence a esta gente,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor só vivido em Alcochete.


( Pedro Pereira)

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