sábado, 14 de novembro de 2009

Máquina do tempo..Craques da terra..




Jogou em muitos clubes onde se incluem, Juventude de évora, Montijo, União de Tomar tendo posteriormente rumado ao canadá onde acabou a sua carreira.







Começou a sua carreira no Alcochetense tendo frequentado na 1ª Divisão: 73/74 Belenenses;74/75 e 75/76 União de Tomar; 79/80 União de Leiria; 80/81 a 83/84 no Vitória de Guimarães e 84/85 e 85/86 no Vitória de Setubal.

Máquina do tempo...o Imparcial de Alcochete!


Imparcial Futebol Clube Alcochete

1923-1995

Associação desportiva com equipa futebol, andebol, ténis de mesa, halterofilismo. Actualmente, os clubes desportivos são definidos por força de lei como pessoas colectivas de direito privado, que se reúnem sob a forma de associação com fins não lucrativos, tendo como objectivo o fomento e a prática de actividades desportivas. Afirmam-se como associação de direito privado e de utilidade pública, uma vez que servem os interesses dos seus associados e simultaneamente propõem um fim de interesse geral da comunidade onde estão inseridos. Os clubes ou associações desportivas locais são desde sempre entidades muito relevantes no panorama desportivo português, constituíram-se como uma espécie de centros de acolhimento propiciadores da possibilidade da prática desportiva. Os seus objectivos centram-se no fomento, orientação e apoio da prática das actividades desportivas que albergam (que apesar de constituírem por vezes um leque diversificado, não conseguem competir com o "apelo" do futebol, que é de facto o desporto que mais cativa associados e população em geral).O Imparcial Futebol Clube Alcochete foi fundado a 22 de Abril de 1923, com sede e campo de jogos em Alcochete. Inicialmente denominava-se Imparcial Foot-Ball Club Alcochete, o que denota a influência britânica e a importância maior da prática futebolística no clube. O futebol, importado de Inglaterra, adquiria neste período um cada vez maior número de adeptos.

A Direcção do IFCA era formada por nove elementos: o Presidente, o Vice-presidente, o Secretário, o Vice-secretário, o Tesoureiro e quatro Vogais. À Direcção cabiam as seguintes atribuições: dirigir o clube ao nível interno e externo; elaborar os regulamentos internos e levá-los à apreciação e votação da Assembleia Geral; aplicar sanções a eventuais irregularidades, resultantes do incumprimento do regulamento interno por parte dos associados; solicitar a reunião extraordinária da Assembleia Geral; apresentar em reunião da Assembleia Geral o relatório da conta de gerência; disponibilizar aos sócios as contas, documentos e os livros de escrituração nos oito dias antecessores à reunião da Assembleia Geral; no fim do mandato, apresentar à Assembleia Geral uma lista de sócios que pudesse suceder-lhe na Direcção; realizar as propostas para sócios "honorários"; resolver as situações não mencionadas nos estatutos ou regulamento interno; "…chamar a atenção do Conselho Técnico quando não concorda com as suas deliberações"; Resolver todos os casos omissos nos estatutos e regulamento interno.

O Conselho Fiscal ou Técnico era composto pelo Presidente, pelo Secretário e por um Vogal. Ao Conselho Fiscal deveria organizar as equipas desportivas do IFCA; debater e resolver assuntos técnicos (julgamos que seriam os relacionados com a prática desportiva ou regras); avaliar os equipamentos, a aptidão física e técnica dos atletas e substituindo-os quando necessário; as suas deliberações tinham que ser obrigatoriamente validadas pela Direcção



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Alcochete Antes e Depois..( Aven



Avenida do Rossio

Clubes do Concelho "Grupo Académico Juventude Alcochete"




O GRUPO ACADÉMICO JUVENTUDE ALCOCHETE, Associação Desportiva de Utilidade Pública, está sedeado em Alcochete, Distrito de Setúbal e funciona enquanto Associação desde 1 de Outubro de 1965, ano em que foi fundado, na altura sob a designação de "Clube de Futebol da 5ª e 6ª Classes".


A ideia partiu de alguns dos alunos que frequentavam essas mesmas turmas, com o objectivo de formar uma equipa de futebol, que pudesse participar em torneios com outras escolas da região.
Anos mais tarde surgem novas convicções e o Clube adopta o nome de "Grupo Académico Juventude da Casa do Povo de Alcochete", fruto duma relação estreita com a Casa do Povo de Alcochete, ligação esta que viria a marcar a atitude e cultura do Clube no período pós-25 de Abril.
Finalmente em Junho de 1977 o Clube adoptou o nome que ainda hoje utiliza, Grupo Académico Juventude Alcochete, adoptado depois de um desentendimento com a Casa do Povo local, o que forçou também a mudança de instalações.
A 29 de Setembro de 1979 o Académico Alcochete foi reconhecido como Instituição de Utilidade Pública, pelo então Primeiro-Ministro, Prof. Dr. Carlos Alberto Mota Pinto, estatuto conseguido pelo vasto trabalho do Clube junto da comunidade, em especial dos jovens.
Em 2003, e após duro esforço, o Clube obteve o Estatuto de Mecenato ao abrigo do Decreto-lei n°.74/99 de 16 de Março, facto que foi considerado uma importante mais valia, tendo em conta que alarga as possibilidades do Académico Alcochete, no que respeita à angariação de mecenas, resultante em encaixe financeiro para o Clube.

Clubes do Concelho " Vulcanense.FC




O Vulcanense Futebol Clube é o clube mais ecléctico de Alcochete (Portugal), possuindo aos longo dos anos sempre diversas modalidades.



O nome do Vulcanense apareceu entre 1952 e 1954 contudo não se sabe ao certo a sua origem. Há quem diga que o seu nome surgiu devido a naquele tempo estar activo o vulcão das capelinhas (Açores) e há ainda, quem diga que enquanto um grupo de amigos que trabalhava numa fábrica de vulcanização de pneus, e que costumava jogar à bola na Praia dos Moinhos costumava gritar: "Nós somos os VULCÕES", "Nós somos os Vulcanenses!".
Data oficial da sua fundação → 10 de Junho de 1962
Até ao 25 de Abril de 1974 existia apenas a modalidade de Futebol de onze, que apenas disputava jogos particulares e torneios.
A partir de 1974 começou a ter modalidades de competição, com actividades regulares durante todo o ano. Distinguiram-se nessa altura o Atletismo, o Andebol e o Karaté.
No seu passado estiveram ainda presentes as seguintes modalidades já extintas: Atletismo, Basquetebol, Chinquilho, Columbofilia, Futebol, Futsal, Ginástica, Mushing, Pentatlo Moderno, Pesca, Tiro ao Alvo e Xadrez.
Em meados da década de oitenta, adquiriu sede própria, através da cedência de parte das instalações da actual sede pela Câmara Municipal de Alcochete.
Com instalações próprias, o número de atletas e de modalidades aumentou significativamente.
A doação da sede pela autarquia deu-se durante as comemorações do aniversário do clube, em 10/06/1997.

O clube actualmente possui 6 modalidades: Andebol (formação), Cicloturismo (+18anos), Esgrima (formação), Futsal (veteranos), Karaté (formação) e Ténis (formação).
Possui ainda actividades como torneios de Snooker e a carta de Campismo & Montanhismo
Número actual de sócios 668
Tem cerca de duzentos atletas em competição.

Clubes do Concelho " Alcochetense"



O clube foi fundado a 1 de Janeiro de 1937. Fundado por um grupo de simpatizantes de futebol, o Grupo Desportivo Alcochetense assim denominado por um dos seus fundadores, João Mitra, iria colmatar as paragens de actividade de outros clubes de Alcochete, como o Imparcial, o Sport e o 1º de Maio. O seu equipamento verde e branco, listado na horizontal, apenas se deve à simpatia clubística pelo Sporting Clube de Portugal, da maioria dos fundadores, existindo nesse grupo outras preferências. O Campo da Praia foi primeiro campo de futebol do Grupo Desportivo Alcochetense, onde com autorização do dono das terras, os Fundadores o construíram devido à inexistência na altura de um campo de futebol camarário. Construído próximo de umas marinhas de sal de pertença do Sr. Dias de Sousa, o campo era extremamente arenoso e foi apelidado de “Amansa Cavalos”. Os homens que fundaram o Grupo Desportivo Alcochetense, também pelas suas cores jogaram e em tudo auxiliavam. Nomes como António Luís Rodrigues, João Canteiro, António Lopes, Artur Rodrigues, João Mitra, João Rei entre outros, fizeram erguer o Grupo Desportivo Alcochetense. A primeira sede do Grupo Desportivo Alcochetense foi na Rua do Troino num primeiro andar que faz esquina com a Rua José André dos Santos, só aproximadamente trinta anos depois é que a actual sede foi adquirida, situada na Rua do Amaral.
O seu actual Presidente chama-se Carlos Cortes e lidera uma direcção composta por seis Vice-Presidente distribuídos por diversos pelouros, um Secretário-geral e um Tesoureiro, neste biénio 2006-2008. Na época de 2006-2007, a equipa de seniores participa no Campeonato Nacional da 3ª divisão, série E, onde já por duas ocasiões foi campeão e detêm no seu palmarés várias vitórias em Campeonato Distritais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Encanto da " Praia dos Moinhos"




AREIAS DE ALCOCHETE


Espojado na areia deleito-me a observar o céu.
De calma azul de gaivotas dançando, aos pares, esvoaçando, enamoradas no céu. Como se estivessem de asas entrelaçadas.
Bem junto, da água, oiço o ritmado bater ondulado das ondas.

E as crianças...Saltitando,Gritando,Chapinhando em risos estridentes de contentes ...lá se vão banhando.!!

E eu...Espojado nestas areias amareladas de sol escaldante,vou sonhando...Como se de um quadro fosse desenhando.

E o crecher, da agua, das ondas, enroladas, que na beira-mar se desfazem salpicando e molhando tudo, em volta...Vão chegando, Até junto de mim.


E nesta mistura, de sons e de cores, de vida,Eu...por um dia dei o tom e praia, numa ida, e mais tarde para lembrete... recordar-me-ei desse nostálgico fim de tarde em areias de Alcochete...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ATerra a que pertenço


Tudo me prende à terra onde pertenço:
e ao rio subitamente adolescente,
a humildade sempre foi o meu berço
nas areias onde ardi impaciente.

Tudo me prende ao mesmo amor
que há em saber que a vida pouco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com restos de ternura.

Dizem que há outros céus e outras luas
mas meu coração pertence a esta gente,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor só vivido em Alcochete.


( Pedro Pereira)

VILA DE ALCOCHETE

TEMPOS QUE JÁ LÁ VÃO...

Terra de reis e fidalgos De campinos e forcados De barqueiros e coristas Era nobre a tradição Dizia-se com emoção Terra de toiros e artistas

Também usavam barrete jaqueta ou colete Nas noites de guitarradas Ouvia-se belas cantigas Cantadas por raparigas de tradições bizarras

Terra de padres e santos Via-se por vários cantos Uma festa ou banquete Grupos de forasteiros Damas e cavalheiros Com chapéus de francalete

Terra de toiros e artistas de tradições bizarras Com chapéus de francalete Terra de poetas e fadistas de festas e largadas E era assim Alcochete

Terra de Salinas e sal Para orgulho de Portugal Visitada por turistas Na taberna o amontuado Ouvia cantar o fado Terra de poetas e fadistas

E nas noites de verão Nas descargas do carvão Em descanso das tiradas Ouvia-se de um cantinho A falar muito baixinho De festas e largadas

Terra de barcos e pescas Todos gostavam das festas Mesmo ao som de um tamborete Com chapéus de aba larga Amantes da festa brava E era assim Alcochete...

( Ana Paula)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tomada de Posse


Os membros eleitos para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal tomam posse na próxima sexta-feira, dia 23 de Outubro de 2009, no decorrer de uma cerimónia pública marcada para as 21h00, no edifício dos Paços do Concelho de Alcochete.
Luís Miguel Carraça Franco (CDU), actual Presidente da Câmara Municipal de Alcochete, foi reeleito, com maioria absoluta, para um segundo mandato autárquico e Miguel Boieiro (CDU) assume igualmente um segundo mandato como Presidente da Assembleia Municipal de Alcochete.Os membros eleitos vereadores pela Coligação Democrática Unitária (CDU) são José Luís dos Santos Alfélua Ferreira, Susana Isabel Freitas Custódio, Paulo Alexandre Meireles de Carvalho Alves Machado e Jorge Manuel Pereira Giro. Pelo Partido Socialista (PS) foram eleitos vereadores António Dias dos Santos Maduro e José Navarro Lopes Gemas.Também os titulares dos mandatos nas três Juntas de Freguesia do Concelho vão tomar posse até ao final desta semana: amanhã, dia 20 de Outubro, às 21h00, realiza-se a tomada de posse dos membros eleitos para a Freguesia de São Francisco; no dia 21 de Outubro, às 21h00, para a Freguesia de Samouco e na quinta-feira, dia 22 de Outubro, às 21h00, para a Freguesia de Alcochete, cerimónias que decorrem nas respectivas sedes das Juntas de Freguesia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Lenda de Alcochete.


Pelos meados do século XVIII, vivia em Alcochete uma jovem muito piedosa chamada Conceição. Todos os pobres das redondezas a conheciam e estimavam. Ela era a sua benfeitora. A que se interessava pelos seus problemas. A que tentava minorar-lhes os sofrimentos e suprir-lhes as faltas.
Apesar de jovem e rica, Conceição não quisera casar. Estimava profundamente seu pai, capitão da marinha mercante, e desde que ele enviuvara a sua dedicação por ele redobrara de intensidade. Porém, o velho marinheiro não compreendia, ou antes, não achava bem aceitar o que ele pensava ser um sacrifício. E certo dia falou a Conceição.Era a hora do crepúsculo. O velho marinheiro achou propício o momento.
— Filha, repara neste fim de dia!Ela sorriu.
— É maravilhoso! O Sol está fazendo a sua despedida. Dentro em pouco virá a noite.É isso mesmo: o Sol desaparecerá. E a noite é a morte!Não falemos em morte! A noite é apenas a ausência da luz.O marinheiro suspirou. Olhava o horizonte, meio confundido com a sombra.
— Filha! Também eu estou caminhando para o ocaso. A morte espreita-me. E não desejaria que ela te deixasse sozinha.Conceição entristeceu.
— Meu pai, por favor, não fale assim! Sabe quanto o estimo!
— Sei. E sei também que por minha causa não te queres casar.Ela protestou:
— Não é por sua causa! Sinto-me bem assim.
— Mas eu tenho de olhar pelo teu futuro. Seria horrível, ficares só no mundo até fazeres a derradeira viagem!Ela tentou gracejar.
— Que ideia a sua! Fez-lhe mal este fim de tarde!
— Dizes bem. Fez-me mal, porque também é um fim... e lembra-me o meu...
— Pai! Temos ainda muito tempo à nossa frente!
— Bem sabes que não.
— Ora!... Além disso... não vejo pretendentes que me interessem.O marinheiro encarou a filha.
— Conceição, não digas tal!... Então o Rebelo... o Vasco... o Lopes da Maia... o Gastão...A jovem interrompeu o pai:
— Por amor de Deus, não me fale no Gastão! Cada vez está mais herege! Chega a entristecer-me.O velho marinheiro olhou um ponto vago. E sentenciou:
— Gastão é o meu melhor ajudante. Sem ele já não poderia fazer nada do que faço.
— Mas porque troça ele da Misericórdia de Deus?
— Julga-se superior por isso...
— E a imagem de Nossa Senhora que pedi para colocar no seu navio?
— Bem... Ele não concordou... Mas como quem manda sou eu, já está colocada na popa do barco.Conceição abraçou o pai num gesto quase gaiato.
— Quanto me alegra essa notícia! Agora já ficarei mais tranquila quando o pai sair para o mar. Nossa Senhora há-de protegê-lo sempre!
— Deus te oiça!E rindo:
— Se visses a cara do Gastão! Ficou furioso. Mas quem manda sou eu. Ele é o meu imediato, teve de obedecer-me!Conceição abanou a cabeça.
— Faço ideia! Fartou-se de blasfemar!Suspirou fundo e concluiu:
— Que Deus lhe perdoe e o esclareça!Algum tempo passou. Veio o dia do comandante se fazer de novo ao mar. A atmosfera estava carregada, ameaçadora. Dizia-se que o navio não se libertaria do temporal anunciado pelas previsões dos mais antigos.Conceição despediu-se do pai escondendo a sua preocupação. Foi com ele até ao cais. Avistou Gastão, que veio falar-lhe.
— É preciso partir para ter a dita de ver o rosto mais belo que até hoje me foi dado contemplar.Ela sorriu, retorquindo:
— Leva consigo outro rosto ainda mais belo!Curioso, ele perguntou:
— Qual poderá ser?
— O de Nossa Senhora, que meu pai mandou colocar à popa do navio.Gastão deixou de sorrir. Franziu as sobrancelhas. E exclamou:
— Que pena a Conceição ser tão beata!
— Porque o lamenta?
— Porque, se o não fosse, faria de si a minha esposa.Conceição atalhou, muito séria:
— Não penso casar-me. Por isso não lamente o que me dá tanta felicidade.Gastão tentou gracejar:
— Não é felicidade, o que leio nos seus olhos: é preocupação.Ela concordou:
— Na verdade, o estado do tempo preocupa-me.
— Por causa de seu pai?
— Por todos. Mas principalmente por ele.
— Deixe-o comigo!
Prometo fazer tudo para que nada lhe aconteça. Ela estendeu-lhe a mão.
— Confio em si. Vou ficar em casa presa às notícias que me chegarem. O vento começava a levantar-se. Ao largo, uma barra de cor cinzento escura pressagiava tempestade. Conceição beijou o pai, recomendou-lhe cuidado, e voltou para casa.No mar alto, as vagas cresciam como montanhas. O vento sacudia o navio. Quase toda a tripulação e os passageiros tinham recolhido. Os mais conscientes começaram a aperceber-se do perigo. O navio, já cansado de tanto sulcar os mares, parecia agonizante, enfraquecido ante a gigantesca procela.

As ondas varriam o convés. Os poucos tripulantes que se conservavam na luta contra os elementos caíam, por vezes, desequilibrados pelo vento e pelo balanço do navio. Sentindo a gravidade do momento, o comandante arrastou-se até à popa para orar à imagem da Virgem. Vendo-o, Gastão enfureceu-se.
— Comandante, não é com palavras que nos salvamos! É preciso fazer alguma coisa!Elevando a voz sobre a tormenta, o velho comandante replicou:
— Pois salvem-se! Eu morrerei no meu posto!
Gastão proferiu uma praga, exclamando:
— Não vê que não o deixarei morrer? Hei-de salvá-lo, custe o que custar!Olhou a imagem colocada na popa e declarou:
— O peso dessa santa está a desequilibrar o navio. Vou deitá-la ao mar!
O comandante gritou:
— Proibo-te que o faças!Gastão parecia o demónio gritando no temporal, o rosto encharcado pelos salpicos das vagas:
— Eh, rapazes, agora quem manda sou eu! Agarrem o velho! Não o deixem mexer-se! E tu, Inácio, encarrega-te de deitar a santa ao mar! Talvez com menos peso à ré, o barco endireite a proa.O rapaz interpelado olhou o comandante, que esbracejava agarrado por outro marinheiro. Hesitou.
Mas o imediato gritou-lhe colérico:
— Vamos! Porque esperas? É uma ordem!Inácio avançou para a imagem de Nossa Senhora. Gritando, já rouco, o velho comandante sentenciou:
— O castigo do Céu cairá sobre todos vós, desgraçados!Gastão vociferou:
— Velho beato! Pois não vês que é para teu e nosso bem?E voltando-se para o marinheiro:
— Então? Quando acabas com isso?
— Vai já, pronto! Vou dar aos peixes a santinha! Que lhes faça bom proveito!Nesse momento exacto, algo se passou de pavoroso. Ao atirar a imagem pela borda fora, Inácio desequilibrou-se, envolvido por uma vaga maior, e desapareceu no redemoinho das ondas com o seu precioso fardo. Mas logo outra onda ainda maior varreu o convés, fazendo inclinar o barco tão violentamente, que este em breve metia água. A tripulação que estava no convés sumira-se nas vagas.
Dir-se-ia o fim do mundo, no choque tremendo dos elementos em fúria.A essa mesma hora, em casa e defronte de uma imagem da Senhora da Conceição, a jovem filha do comandante, que pressentira o tremendo temporal, implorava, chorando:
— Senhora da Conceição, minha madrinha e protectora! Salvai o meu pai! Por tudo Vos peço! Se necessário for, ofereço-Vos a minha vida em troca da vida de meu pai e da salvação do Gastão, para que ele se arrependa, e creia em Vós e em Deus! Ele é bom! Apenas não foi criado no ensinamento de Deus!
Salvai-os, Senhora, mesmo em troca da minha vida!
No mar continuava a tragédia. De súbito, porém, pela Vontade Divina, surgiu à superfície das ondas, agora menos revoltas, a imagem de Nossa Senhora da Conceição. E essa imagem arrastava consigo dois corpos desfalecidos: o do velho comandante e o do seu imediato. Vogava ao sabor das ondas, de segundo a segundo mais calmas. E a tempestade amainou. E a imagem de Nossa Senhora, arrastando os dois corpos desfalecidos, foi dar às Matas, entre Samora Correia e Alcochete.
Quando o povo teve conhecimento de tamanho prodígio, logo ali acorreu. Já reanimados, o comandante e o imediato do navio naufragado olhavam em volta, perplexos. Por fim, o velho homem do mar exclamou:
— Só nós dois nos salvámos! E foi graças a Nossa Senhora! Operou-se um milagre! Gastão, acreditas agora?
Perturbado, mal crendo na realidade, Gastão apontou a imagem:
— Olhe, meu comandante! Olhe bem para o rosto da santa!... Tem as feições da jovem Conceição!O comandante olhou a imagem da Virgem Santíssima. Os seus olhos abriram-se num espanto. Era verdade. As feições de sua filha estavam marcadas no rosto da Mãe de Deus!A nova correu célere. Procuraram a jovem em casa. Mas encontraram-na morta, sorrindo como quem parte, contente, para uma grande viagem! De facto, Conceição partira, porque oferecera a sua vida em troca da salvação do pai e daquele por quem o seu coração batia em segredo.
Os populares transmitiam de boca em boca o que acabara de acontecer. Levaram em procissão a imagem da Virgem, a quem já chamavam Nossa Senhora da Conceição da Popa, para a igreja matriz de S. João Baptista, em Alcochete.
No meio dessa multidão de fiéis que se juntavam de todos os pontos das imediações, caminhava um homem absorto, como sonâmbulo. Era Gastão, convertido, amargurado, desejando apenas penitenciar-se. Quem o via julgá-lo-ía orando. Mas quem mais se aproximasse ouvi-lo-ia exclamar.
— O rosto de Nossa Senhora é o rosto da Conceição! O rosto da Conceição! Acredito! Acredito no milagre! O rosto de Nossa Senhora é o rosto da Conceição!...

Danças de Salão



Fórum Cultural apresenta espectáculo de danças de salão
A magia e a beleza das danças de salão vão estar em palco no Fórum Cultural de Alcochete no próximo sábado, 17 de Outubro, às 21h30, com o espectáculo produzido e apresentado pela Escola de Danças de Salão “Dance 2 You”.
Os ritmos latinos e as danças clássicas vão animar a noite com um espectáculo cheio de energia e cor dirigido ao público em geral.Para mais informações e aquisição de bilhetes (€ 5 por pessoa), contactar o Sector de Animação Cultural do Fórum de Alcochete através do 212 349 640.

O Fórum Cultural de Alcochete passa a estar encerrado ao Domingo e Feriados e abre 60 minutos antes do início previsto dos espectáculos.

Horário de abertura ao público do Fórum Cultural de Alcochete: de segunda a sexta-feira, das 10 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 e ao Sábado, das 14h00 às 18h00.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sevilhanas no samouco


As SEVILHANAS também já chegaram ao Samouco!!! Agora, na Associação Desportiva Samouquense (ADS) podes aprender a bailar por sevillanas. As aulas decorrem todas as segundas e quartas-feiras, entre as 19:30 e 20:30. As portas estão abertas a alunos de todas as idades e também a curiosos, que ainda assim, nunca tenham tido o previlégio e a oportunidade de conhecer esta dança, que tanto "salero" e sentimento transporta nos seus movimentos. Não tenhas medo de vir experimentar. Quem sabe não vens a descobrir uma paixão ainda oculta.
SAUDAÇÕES SEVILHANAS e um OLÉ bem português!!
Contacta: Associação Desportiva Samouquense
R. Dr. Justino Carvalho 15/7 Samouco, SAMOUCO, SETÚBAL 2890-239
p: 212310517 f: 212310517 .

Resultados Autárquicas 2009 Alcochete



52,42% ( 3.893 Votos)





30,76% ( 2.284 votos)







9,35% ( 694 votos)





2,33% ( 173 votos)







1,94% ( 144 votos)





Em branco 2,06% ( 156 votos)
Nulos 1,14% ( 85 votos)
Votantes 60,1% ( 7.426 de 12.357 inscritos)


Bem Vindo ao Blog : Amar Alcochete


Este Blog tem como finalidade criar um espaço onde todos os Alcochetanos e Visitantes se sintam em casa, aqui será divulgado todas as vertentes sociais do concelho, e será criado um espaço de lazer e reflexão.
Seja bem-vindo ao " Amar Alcochete"

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