Tudo me prende à terra onde pertenço:
e ao rio subitamente adolescente,
a humildade sempre foi o meu berço
nas areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende ao mesmo amor
que há em saber que a vida pouco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com restos de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
mas meu coração pertence a esta gente,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor só vivido em Alcochete.
( Pedro Pereira)
Sem comentários:
Enviar um comentário